Meus olhos ardem
no metal da asa.
Não existe colírio
para dar jeito
em quem viu demais.
Estou em movimento
(proibido-fumar-nos-toaletes)
isso também dói.
E passa.
Poema de Caio Fernando Abreu, escrito dia 17 de maio de 1983 e publicado à página 143 do livro “Poesias nunca publicadas de Caio Fernando Abreu”. Record, 2012.