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o beabá da poesia – fonemas e sílabas

vogais e consoantes são fonemas, ou seja, unidades sonoras mínimas, que não chegam a fazer sentido.

pense em uma letra da palavra “palavra”. o “ele”, por exemplo; mais que uma letra, é um fonema.

um fonema, ou um conjunto de fonemas, produzidos em uma só emissão de voz constituem uma sílaba.

no exemplo acima, “pa” – “la” – “vra”.

observa que, na primeira sílaba, por exemplo, o fonema mais audível, ou saliente, é o “a”, por isso o chamamos de fonema fundamental, enquanto que o “p” apenas soa junto, por isso o chamamos de consoante.

em poesia, segue ensinando armindo trevisan, não trabalhamos com fonemas, mas sim com sílabas, as unidades fundamentais do ritmo.

diferentemente do que ocorre com a gramática convencional, em poesia separamos as sílabas pelo som.

para saber de quantas sílabas é formado um verso, escandimos (separamos) as sílabas poéticas.

observemos o primeiro verso do poema “o canto que canto”, de minha lavra, à página 64 do livro “Tempo Horizontal” (Edunisc, 2013)

meu canto é o canto que canto quando sozinho estou

escandido, fica da seguinte forma:

meu/can/to/éo/can/to/que/can/to/quan/do/so/zi/nho/es/tou

1         2        3     4    5         6      7      8      9     10        11  12  13   14   15   16

são, em seu total, 16 sílabas, haja vista que, ao escandir, no exemplo, a última sílaba é tônica; e deve-se parar, seguindo a sugestão de norma goldstein, na última sílaba tônica.

note o leitor, ainda, que as sílabas “fortes”, “tônicas” ou “acentuadas”, são em número de cinco: 2, 5, 8, 12 e 16.

dizemos, então, que o esquema rítmico do verso acima é 15 (2-5-8-12 – 16), ou seja, verso de 15 sílabas poéticas acentuadas em 2, 5, 8, 12 e 16.

ponto importante: timbre é o som de cada palavra, o que a torna, a um tempo, única e diferente das demais.

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