o segundo elemento que compõe as micro-estruturas dos ritmos verbais são as rimas, na perspectiva de armindo trevisan.
estamos falando de uma identidade de sons que se formam a partir da repetição de sons semelhantes, segundo norma goldstein, em diferentes locais dos versos (final, interior, posições variadas etc.)
há, fundamentalmente, dois tipos de rimas: consoantes (igualdade ou semelhança de som a partir da última vogal tônica do verso) e assonantes (há igualdade de som apenas em relação à vogal tônica do verso).
mas não é só.
pode haver rimas com a) repetição da mesma consoante (aliteração); b) rimas ricas e pobres (será rica quando a identidade é de classes diferentes, por exemplo, adjetivo/substantivo; pobre, quando for igual (adjetivo/adjetivo); c) rimas emparelhas (duas a duas – aa/bb/cc); d) alternadas (ab/ab), e) opostas (quando o primeiro verso rima com o quarto); f) misturadas (distribuição livre das rimas); g) interiores/leoninas (quando a rima está, a um tempo, no interior e na extremidade do verso) e, finalmente, h) rimas com eco (cujo efeito, como o nome sugere, provoca um eco)