passaram-se 17, 18 anos desde a primeira vez e ainda hoje não sei se gosto dele, apesar das palavras.
o amor tem dessas coisas, não há o que ser feito.
mas o fato é ninguém desconfiou que o outrora fabrício, aquele cuja morte acaba de ser revelada pelo bufão do carpinejar, está vivo. e de volta.
melhor dizendo: fabrício não morreu de morte matada, ou morrida. quem morreu foi outro fabrício.
explico.
depois de ter criado o personagem carpinejar de unhas pintadas a partir de um fabrício de terno e gravata, e se transformado no primeiro (eu havia cantado esta pedra havia muito), a ponto de perder o controle, o cara que também se chama carpinejar acaba de anunciar a morte de um morto.
leia o texto; tire suas próprias conclusões.
a julgar pelas palavras, dá pra pensar que é isso mesmo; que quem manda no pedaço, mais do que nunca, é, definitivamente, carpinejar, e que os ternos e fatiotas do fabrício permanecerão onde foram guardados há quase duas décadas: no armário.
é possível, claro.
quer me parecer, no entanto, que estamos testemunhando o nascimento de um novo personagem.
até pode ser que não se chame fabrício, como aquele dos ternos, gestos e versos invejáveis que conhecemos ali atrás, pois que morto está, como anunciado.
é possível.
assim como é possível que este novo ser venha com uma sede notável de versos, dado o longo estio.
aí neguinho, é comemorar.
Curtir isso:
Curtir Carregando...