meu canto
é o canto que canto
quando sozinho estou.
é o delírio rouco da garganta
que a faca, incólume, decepou.
o canto que canto
é mais susto que espanto: faz pensar
onde me encontro quando longe daqui estou
cantando o canto que canta a voz louca do anjo que sou.
(poema de minha lavra, à página 64 do livro ‘tempo horizontal’ – edunisc, 2013)