há muitos momentos felizes na vida de um escritor, poeta ou não, e um dos mais legais é quando seus livros chegam da gráfica, “novinhos em folha”; pedindo para serem pegados, lidos, queridos.
e aí a gente fica assim; babando, babando…
há muitos momentos felizes na vida de um escritor, poeta ou não, e um dos mais legais é quando seus livros chegam da gráfica, “novinhos em folha”; pedindo para serem pegados, lidos, queridos.
e aí a gente fica assim; babando, babando…
a academia academia gravatalense de letras e a secretaria municipal de turismo da cidade de gravatal (SC) estão realizando seu 7º concurso cidade de gravatal de literatura.
conto e poesia.
prêmios de:
1º Lugar – R$ 500,00
2º Lugar – R$ 300,00
3º Lugar – R$ 200,00
informações pelo telefone (48) 3648 2376 ou pelo e-mail: turismo@gravatal.sc.gov.br e aaspis@terra.com.br.
após um longo silêncio, que poesia tem dessas coisas, retomamos os trabalhos anunciando que o concurso “poemas no ônibus e no trem – 2016” começa a receber no dia 25 de abril (segunda-feira) as inscrições para a seleção dos poemas que circularão em 2017.
a promoção é da coordenação do livro e literatura da prefeitura de porto alegre.
acesse o regulamento e demais informações por aqui.
Não vim domar teu corpo esta noite, ó cadela
Que encerras os pecados de um povo, ou cavar
Em teus cabelos torpes a triste procela
No incurável fastio em meu beijo a vazar:
Busco em teu leito o sono atroz sem devaneios
Pairando sob ignotas telas do remorso,
E que possas gozar após negros enleios,
Tu que acima do nada sabes mais que os mortos:
Pois o Vício, a roer minha nata nobreza,
Tal como a ti marcou-me de esterilidade,
Mas enquanto teu seio de pedra é cidade.
De um coração que crime algum fere com presas,
Pálido, fujo, nulo, envolto em meu sudário,
Com medo de morrer pois durmo solitário.
– Garçom, please:
um xis
galinha.
Ovo, tomate e queijo
em fatia fininha.
Alface?
Só se for bem
picadinha.
Capricha na maionese,
separa a salsinha.
Vou levar pra viagem,
vou até o fim da linha.
(poema à página 75 do livro “celophane flowers” (Gazeta, 2011), de mauro ulrich)
Intratável.
Não quero mais pôr poemas no papel
nem dar a conhecer minha ternura.
Faço ar de dura,
muito sóbria e dura,
não pergunto
“da sombra daquele beijo
que farei?”
É inútil
ficar à escuta
ou manobrar a lupa
da adivinhação.
Dito isto
o livro de cabeceira cai no chão.
Tua mão que desliza
distraidamente?
sobre minha mão.
(poema de ana cristina cesar, à página 106 do livro ‘poética’ – cia das letras, 2013)
O morto não morre,
não há colo nem cruz
onde repousa o que palpita cego
e lancinante pervaga.
Sei que me olha de uma fenda quântica,
mas eu o queria aqui, comigo,
delirante, fraco, mas comigo,
junto comigo, o meu querido irmão.
Numa carta lingínqua me escreveu
‘Somos de Deus, irmã’.
Uma bela antífona ao choro desta noite
até que chegue o amanhã.
(poema de adelia prado, à página 45 do livro ‘miserere’ – record, 2014)